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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Conselho de Segurança da ONU se reúne em Nova York para discutir ataque no Afeganistão

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou hoje (1º) que membros do Conselho de Segurança discutiram nesta tarde o ataque ao Centro de Operações da Missão de Assistência da entidade no Afeganistão, no qual morreram pelo menos três pessoas de seu staff. A reunião ocorreu na sede das Nações Unidas, em Nova York.
Em visita oficial a Nairóbi, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou veementemente o ataque, no qual manifestantes entraram na representação oficial da ONU e mataram várias pessoas, inclusive afegãos.                                            

Segundo a BBC Brasil, manifestantes protestavam contra a queima do livro sagrado do Islã, o Alcorão, quando outros manifestantes se aproveitaram da oportunidade para invadir o centro de operações. O livro foi queimado, no dia 20 de março, por um pastor de uma igreja da Filadelfia, nos Estados Unidos. A agência de notícias britânica informa que tem informações de que oito funcionários da ONU morreram no ataque.
De acordo com Dan MacNorton, porta-voz da missão no Afeganistão, o ataque ocorreu na cidade de Mazar-i-Sharif. Ele confirmou que, além dos três funcionários da ONU, morreram quatro soldados nepaleses que trabalhavam no centro de operações como guardas e um número ainda desconhecido de afegãos. Há vários feridos.
O secretário-geral também disse que aqueles que foram mortos “eram dedicados à causa da paz no Afeganistão e por uma vida melhor para os afegãos". Ele ofereceu suas condolências às famílias e aos amigos daqueles que morreram no ataque.
McNorton disse que o ataque não vai deter o trabalho da missão das Nações Unidas no Afeganistão.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-01/conselho-de-seguranca-da-onu-se-reune-em-nova-york-para-discutir-ataque-no-afeganistao

Mais de 35 milhões saíram da pobreza, mas concentração de renda persiste

RIO - Mais de 35 milhões de pessoas ultrapassaram a faixa da pobreza no Brasil nos últimos 40 anos. O milagre econômico da década de 70, o aumento do nível educacional, o fim da inflação, os programas de transferência de renda e a valorização do mínimo fizeram a parcela de pobres baixar dos inacreditáveis 68,4% da população em 1970, com 61,1 milhões de pobres, para 14,1% nos dias atuais. Mas esse número poderia ser bem menor se não fosse a persistência da verdadeira chaga da sociedade brasileira: a extrema desigualdade de renda.

O modelo de crescimento dos anos 70, patrocinado pelo governo militar, aumentou a concentração de renda, e a hiperinflação cobrou dos mais pobres um imposto alto. Resultado: no século XXI ainda estamos correndo atrás dos indicadores de igualdade da década de 60. O Índice de Gini (quanto mais perto de zero, mais igualitário é o país), um dos principais medidores de desigualdade, mostra isso. Em 2009, a taxa estava em 0,543, ainda acima do índice de 0,537 encontrado em 1960.

Em seu estudo sobre pobreza desde 1970, a economista Sonia Rocha, do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets), mostra que o aumento da desigualdade na década pôde ser constatado pela distância entre a renda dos não-pobres e dos pobres. Em 1970, a renda dos mais ricos equivalia a 2,83 vezes a dos pobres. Em 1980 sobe para 5,2 vezes. "Se o crescimento da renda tivesse sido neutro do ponto de vista distributivo, teria sido possível obter uma redução ainda mais acentuada da pobreza", diz o estudo.