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terça-feira, 22 de março de 2011

Pesquisa mostra que Indonésia pode ter sofrido recentes ações terroristas


A polícia da Indonésia pesquisa supostas tentativas de ataques terroristas com cartas bomba
No curso desta semana, dois aparelhos explosivos foram achados em apenas dois dias em lugares freqüentados por Ulil Abshar Abdalla, dirigente muçulmano defensor do pluralismo e a tolerância religiosa.
Assim mesmo, outra bomba escondida em um livro foi encontrada no domicílio de Ahmad Dhani, artista conhecido por suas canções nas que critica o extremismo religioso.
A Agência Nacional de Narcóticos e a organização Juventude de Pancasila no distrito de Cinganjur neutralizou outros aparelhos similares, um dos quais estourou enquanto polícias tentavam desativá-las, e causou quatro feridos, incluídos dois agentes da ordem.
Por sua parte, o presidente da Indonésia, Susilo Bambang, chamou os dirigentes do pais e muçulmanos a fechar filas para combater células terroristas que operam no país e aumentam a tensão entre cidadãos além de causar mortes a inocentes.
A Câmera de Representantes pediu também para as autoridades descobrirem e condenarem os responsáveis pelos atos violentos.
Esta nação, que conta com a maior população muçulmana do mundo, sofreu um dos ataques mais cruéis em 2002, quando a explosão de várias bombas provocou a morte de 200 pessoas em a turística ilha de Bali.

Japão tenta controlar usina danificada e radiação chega ao mar

Mesmo com a boa notícia do restabelecimento da energia elétrica no complexo nuclear de Fukushima, epicentro da crise atômica do Japão, aumentou nesta terça-feira (22) a preocupação geral com a radioatividade detectada nas águas litorâneas da região e a temperatura crescente em volta do núcleo de um dos reatores.

A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina, disse que precisa de mais tempo antes de poder afirmar que os reatores foram estabilizados. Técnicos que trabalham dentro de uma zona da qual a população foi retirada, ligaram cabos de força aos seis reatores e ativaram uma bomba em um deles para resfriar os bastões de combustível nuclear superaquecidos.

Mas fumaça e vapor foram vistos mais tarde saindo de dois dos reatores mais problemáticos, os de número 2 e 3. Ao longo da crise já houve várias explosões de vapor, que, segundo especialistas, provavelmente liberaram uma quantidade de partículas radiativas.

Hidehiko Nishiyama, vice-diretor geral da agência japonesa de segurança nuclear, disse mais tarde que a fumaça parou de sair do reator 3 e que havia apenas um pouco de fumaça saindo do reator 2.

Ele não deu maiores detalhes, mas um vice-presidente executivo da Tepco, Sakae Muto, disse que o núcleo do reator 1 agora está causando preocupação, com temperatura chegando a 380 ºC e 390 ºC.

- Precisamos reduzir isso um pouco. Injetar água é uma opção para resfriá-lo.

Enquanto se busca controlar a usina nuclear, que opera desde 1971, as autoridades fiscalizam os níveis de radiação na zona em volta da qual foi estabelecido um perímetro de segurança de 20 km.

A inquietação pelo alcance da contaminação aumentou após a confirmação nesta terça-feira de que as zonas marinhas próximas à usina nuclear também apresentam níveis de radioatividade acima do normal.

Segundo a Tepco, uma amostra de água marinha recolhida nesta segunda-feira (21) a uma distância de 15 km da central revelou um nível de iodo radioativo I-131, mais de 126 superior ao limite legal. Hoje o nível tinha se reduzido na mesma área até ser 30 vezes superior ao limite, indicou a Tepco.

O governo japonês indicou que ainda é cedo para saber se os produtos pesqueiros da área estão contaminados e assinalou que, em breve, serão realizadas análises para avaliar o impacto da radioatividade no mar.

O governo também recomendou aos moradores que estão entre 20 e 30 km da usina que não saiam de suas casas e permaneçam com as janelas fechadas.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), na cidade de Namie, a 20 km da usina, o nível de radioatividade chegou a ser 1.600 vezes maior que o habitual, registrado a 161 microsievert por hora.

Nos lugares mais afastados, como as Províncias de Saitama, Chiba, Kanagawa, e na própria capital, Tóquio, as medições do Governo japonês, da AIEA, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de especialistas americanos indicam que os níveis de radiação estão muito abaixo de serem perigosos para a saúde.

As medições do governo japonês se estenderam aos alimentos da região, após radioatividade ser detectada em leite e espinafres, levando as autoridades a proibirem a distribuição desses produtos.


http://www.correiodoestado.com.br/noticias/japao