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quarta-feira, 13 de abril de 2011

historico do Inhotim

O Instituto Inhotim foi idealizado pelo empresário Bernardo Paz em meados da década de 1980. Em 1984, o local recebeu a visita do renomado paisagista Roberto Burle Marx, que apresentou algumas sugestões e colaborações para os jardins. Desde então, o projeto paisagístico cresceu e passou por várias modificações.

A propriedade particular foi se transformando com o tempo. Começava a nascer um grande espaço cultural, com a construção das primeiras edificações destinadas a receber obras de arte contemporânea. Ganhava vida também o rico acervo botânico, consolidado a partir de 2005 com o resgate e a introdução de coleções botânicas de diferentes partes do Brasil e com foco nas espécies nativas.

Inhotim

inhotim possui atualmente cerca de 70 obras em exposição, que se dividem entre trabalhos permanentemente instalados e aqueles expostos em quatro galerias, que abrigam mostras temporárias de longa duração: Fonte, Lago, Mata e Praça.

A proposta museológica do Inhotim compreende diferentes espaços expositivos. Muitas obras estão expostas ao ar livre, em meio ao jardim, imersas na mata, no topo de uma montanha, ou sobre um espelho d'água. Outros trabalhos se encontram em espaços fechados, exibidos individualmente em pavilhões construídos especialmente para abrigá-los, ou compondo mostras coletivas em grandes galerias. A coexistência de espaços abertos e fechados promove uma experiência singular de fruição da obra de arte.

Outro diferencial deste espaço museológico do Inhotim é a ausência de um percurso linear preestabelecido, de uma ordem obrigatória, ou de uma perspectiva predominante. As trilhas que percorrem organicamente o parque propõem percursos livres entre as obras ao ar livre e as galerias.

Adriana Varejão

Adriana Varejão bate recorde de obra mais cara de brasileiro vivo

"Parede com incisões à La Fontana II" foi leiloada por R$ 2,975 milhões em Londres

Uma tela da artista plástica Adriana Varejão se tornou, na quarta-feira, 16, a obra mais cara de um artista brasileiro vivo. "Parede com incisões à La Fontana II", feita em 2001, foi leiloado por R$ 2,975 milhões na casa especializada Christie's, de Londres.

Adriana quebrou o recorde de Beatriz Milhazes, que teve o quadro "O Mágico" (2001) leiloado por R$ 1,746 milhão na Sotheby's de Nova York no ano passado. Milhazes também era dona do recorde anterior, de R$ 1,7 milhão pela tela "Laranjeiras" (2002), vendida em 2007.

Carioca nascida em 1964, Varejão já participou de exposições na Bienal de São Paulo, no MoMa em Nova York e na Tate Modern em Londres. Sua obra mais cara até então era "Paisagem Canibal", vendida por R$ 1 milhão no ano passado.

Novas obras contemporâneas são inauguradas no Inhotim


O Instituto Inhotim inaugura, nos dias 30 de setembro, 2 e 3 de outubro, nove obras permanentes no espaço localizado na cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os trabalhos são dos artistas Chris Burden, Doug Aitken, Edgard de Souza, Janet Cardiff & George Bures Miller, Jorge Macchi, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares e Yayoi Kusama.

As obras de grande escala estarão disponíveis para a visitação do público a partir do dia 1º de outubro. Dessa maneira, o Inhotim pretende se consolidar como um espaço de arte contemporânea diferenciado, com propostas inovadoras, onde a arte é exposta junto com a natureza.

O Inhotim fica na Rua B, número 20, em Brumadinho. O horário de funcionamento é quinta e sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30. Os ingressos custam R$ 7 (meia-entrada) e R$ 15 (inteira).

Globominas.com

Inhotim

Centro cultural Inhotim pode se tornar primeiro jardim botânico particular do país


O Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Brumadinho, deve se tornar o primeiro jardim botânico particular do país. O título vai formalizar o que a natureza já exibe para os visitantes: a preservação de mais de quatro mil espécies de plantas.

Classe C ganha quase 20 milhões de pessoas e passa a ser a maior do país

Mais de 19 milhões de brasileiros migraram para a classe C em 2010 e esse grupo passou a representar a maior parcela da população do país. A pesquisa O Observador 2011, encomendada pela Cetelem BGN, empresa do grupo financeiro BNP Paribas, mostra que a classe média tem agora 101 milhões de pessoas.

Com a renda aumentando e o desemprego em queda, no ano passado o consumidor passou a comprar itens que permitiram que ele subisse na escada social. Veículos, eletrodomésticos e até a acasa própria fizeram com que essa fatia da população de menor renda passasse a ser considerada classe média.

As classes sociais utilizadas no estudo são as definidas pelo CCEB (Critério de Classificação Econômica Brasil), que leva em conta itens como posse de, carros e pela quantidade de banheiros na casa, por exemplo.

Em 2009, a pesquisa mostrou que a classe C representava 49% da população brasileira, e naquele ano mais de 30 milhões tinham passado das classes D e E para a C. No mesmo período, os que subiram para as classes A e B somavam quase 1 milhão.

A renda familiar do brasileiro cresceu de R$ 1.285 para R$ 1.557 entre os dois anos analisados. O maior aumento percentual ocorreu entre as famílias das classes A e B, cuja renda mensal familiar média foi de R$ 2.533 para R$ 2.983. Na classe C, esses valores passaram de R$ 1.276 para R$ 1.338. Entre o grupo D/E, esse valor foi de R$ 733para R$ 809.

Miltonleise Carreiro Filho, vice-presidente da Cetelem no Brasil, diz que os gastos dos brasileiros acompanharam o crescimento generalizado da renda em todas as classes. No ano de 2010, os brasileiros gastaram em média, mensalmente, R$ 165 a mais que em 2009.

- Em uma conta simples, só o aumento da renda da população das classes D e E entre 2009 e o ano passado significou mais de R$ 1,4 bilhão disponível para o consumo dessas famílias. É um dinheiro sobrando no orçamento para elas fazerem o que quiserem.

Consumo e otimismo aumentam

A pesquisa mostrou que os gastos dos brasileiros aumentaram em todas as categorias. As despesas essenciais (com supermercado, conta de luz, aluguel, etc.) aumentaram menos. O grande salto ocorreu em gastos com vestuário, seguros, prestação da moradia (a conta de um financiamento habitacional, por exemplo) e crédito bancário (empréstimos ou cheque especial, entre outros).

Para Marcos Etchegoyen, diretor-presidente da financeira, esses números mostram que o brasileiro passou a ter acesso a coisas que antes eram somente sonhos, entre eles a casa própria, e isso mantém a roda da economia girando de forma sustentável. Para ele, é um momento histórico.

- Em 2008 já falávamos do crescimento da classe C; em 2009 ela somava 49% da população, mesmo com a crise financeira. Com os dados de hoje, posso dizer, com certeza, que houve uma enorme mobilidade social no Brasil. Estamos passando por um momento histórico com o fim da pirâmide social [de renda]. Estamos vendo agora um losango.

O brasileiro, além disso, está mais otimista. Depois da crise, a avaliação sobre a economia do país aumentou muito em relação aos anos anteriores. Desde 2009, o otimismo é a palavra que define a expectativa do brasileiro em relação ao país, segundo a pesquisa.

O estudo divulgado nesta terça-feira (22) é feito todos os anos em 13 países e ouviu 1.500 pessoas em 70 cidades brasileiras (inclusive nove capitais) para avaliar os hábitos de consumo e a intenção de compra da população. No Brasil, o levantamento ocorreu entre os dias 24 e 31 de dezembro.

http://noticias.r7.com/economia/noticias/classe-c-ganha-quase-20-milhoes-de-pessoas-e-passa-a-ser-a-maior-do-pais-20110322.html



ADRIANA VAREJAO

Não se iluda com a cara de anjo – a mulher aí em cima é uma fera. Neste ano de 2005, a artista plástica Adriana Varejão já fez uma exposição em Paris, terminou um casamento de seis anos, ficou grávida (Catarina vai nascer em janeiro), casou-se novamente, montou e inaugurou outra exposição em São Paulo com todas as peças vendidas, ao precinho de 110.000 dólares cada uma. E com fila de espera. "Ela tem mercado de verdade", atesta o marchand Jones Bergamin, da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro. Aos 41 anos e aparentando muito menos, bonita, chique, moderna, apaixonada, morando num dos lugares mais espetaculares do país, Adriana está no auge. Detesta, por motivos óbvios, ser chamada de a princesa das artes plásticas, mas é difícil imaginar classificação mais precisa para quem, além de ter sua aparência, marca presença nas principais coleções do Brasil e do mundo – Tate Modern, Guggenheim, Fundação Cartier, Patricia Cisneros, Gilberto Chateaubriand e José Olympio Pereira, entre outros.

A obra de Adriana faz uma ponte entre a modernidade e as convulsões físicas e mentais do barroco brasileiro, que descobriu adolescente, numa viagem a Minas Gerais. Influências? Ela lista, de um fôlego só, intelectuais (Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre), artistas (Rembrandt, Goya, Diego Rivera, Iberê Camargo) e cineastas (Peter Greenaway, David Cronenberg). O resultado, que junta elementos de azulejaria a representações realistas de vísceras expostas, é definido pela autora como a síntese de elementos aparentemente desconexos, que vão de botequim na boêmia Lapa carioca a piscina em Budapeste, passando por "notícia de jornal, banheiro de rodoviária, carne-seca em Caruaru e quadro em Nova York". Comentário típico de artista, certo? Mas Adriana não tem nada do estereótipo de excentricidade maluquete normalmente associado à categoria. Disciplinada, trabalha pelo menos oito horas por dia, com duas auxiliares; atenta aos negócios, dedica parte da jornada ao escritório e tem sua vida empresarial completamente organizada, com firma de exportação, impostos em dia e contador. É do time que considera inspiração coisa do século XIX e afirma que sua profissão é igual a outra qualquer, embora a criação seja um processo sofrido. "Durmo cheia de problemas. Quadro tem personalidade própria, e a relação nem sempre é amorosa", diz. O que não impede que tenha tempo para ser carioca da gema: adora praia, chorinho, cachaça e botequim e já teve seu trabalho estampado nas camisetas do bloco Simpatia É Quase Amor, um ícone do Carnaval da Zona Sul do Rio.

Adriana foi salva da banalidade como artista (mulher, bonita, com uma queda por exotismos orientais) pela tremenda força criativa que explode em sua obra. Filha de pai militar e mãe nutricionista, pensou em ser engenheira. Não chegou ao fim do primeiro ano. Depois tentou desenho industrial. A história se repetiu. Em 1984, matriculou-se na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio, berço da chamada geração 80, imediatamente anterior à sua. Lá, descobriu a possibilidade de viver da arte. Na mesma época, enamorou-se, literalmente, do Oriente. Enveredou pelas artes marciais, tornou-se professora de tai chi chuan, casou-se com seu instrutor, viajou para a China. Depois viveu um casamento de seis anos e muitas rodas de samba com o músico Marcello Gonçalves. Em março deste ano, uma nova guinada. Foi durante uma visita a Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, a convite do empresário mineiro Bernardo Paz, dono do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, um ambiciosíssimo empreendimento cultural construído para abrigar sua coleção. O assunto em pauta era a construção de um pavilhão dedicado ao trabalho de Adriana. Rapidamente, a conversa tomou outro rumo – e que rumo. Em poucas semanas ambos desfizeram os respectivos casamentos e, em seguida, ela engravidou.

As fofocas ultrapassaram as fronteiras do mundinho das artes plásticas. Paz é quinze anos mais velho que Adriana, estava no quinto casamento, e é uma figura controvertida no meio artístico. Seu Centro de Arte, de uma beleza de tirar o fôlego, é considerado um espetáculo pelos admiradores e um delírio megalomaníaco pelos detratores. O namoro e a festa de arromba do casamento catapultaram Adriana dos suplementos culturais para as colunas sociais. "Foi muito estranho. A gente fazia qualquer coisa e saía no jornal", diz ela. A festa, para 300 convidados, aconteceu em plena ebulição do escândalo do mensalão, o que acrescentou ainda mais pimenta às fofocas em torno do casal, porque Cristiano Paz, sócio de Marcos Valério nas agências SMPB e DNA, é irmão de Bernardo (e acabou não indo à festa).

No ano que vem, que começará com o nascimento de Catarina, a vida de Adriana ganhará contornos de malabarismo. Ela terá de se dividir entre o feijão-tropeiro com lingüiça e a alimentação natureba, entre a escala monumental de Inhotim e a sua própria, intimista, entre duas casas e dois ateliês. Vai acompanhar a construção do pavilhão que deu início a seu romance com Paz e trabalhar nas obras que ficarão ali expostas, mas não quer permanecer longe do mercado do Rio e de São Paulo (nem dos botequins cariocas, claro). Adriana está se programando para viver na originalíssima ponte aérea Jardim Botânico–Brumadinho. Quanto ao resto do mundo que conta na sua profissão, este vem até ela.


www.veja.abril.com.br


23 de novembro de 2005

REVOLUÇAO CUBANA




Fidel e Che: duas das principais lideranças que conduziram a Revolução Cubana, em 1959.

Sendo uma das últimas nações a se tornarem independentes no continente americano, Cuba proclamou a formação de seu Estado independente sob o comando do intelectual José Marti e auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos norte-americanos neste processo marcou a criação de um laço político que pretendia garantir os interesses dos EUA na ilha centro-americana. Uma prova dessa intervenção foi a criação da Emenda Platt, que assegurava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país. Dessa maneira, Cuba pouco a pouco se transformou no famoso “quintal” de grandes empresas estadunidenses. Essa situação contribuiu para a instalação de um Estado fragilizado e subserviente. De fato, ao longo de sua história depois da independência, Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de 1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial explicitamente apoiado pelos EUA. Nesse tempo, a população sofria com graves problemas sociais que se contrastavam com o luxo e a riqueza existente nos night clubs e cassinos destinados a uma minoria privilegiada. Ao mesmo tempo, o governo de Fulgêncio ficava cada vez mais conhecido por sua negligência com as necessidades básicas da população e a brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos. Foi nesse tenso cenário que um grupo de guerrilheiros se formou com o propósito de tomar o governo pela força das armas. Sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, um pequeno grupo de aproximadamente 80 homens se espalhou em diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista e estabelecer um novo regime pautado na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos. Entre outras propostas, o novo governo defendia a realização de uma ampla reforma agrária e o controle governamental sob as indústrias do país. Obviamente, tais proposições contrariavam diretamente os interesses dos EUA, que respondeu aos projetos cubanos com a suspensão das importações do açúcar cubano. Dessa forma, o governo de Fidel acabou se aproximando do bloco soviético para que pudesse dar sustentação ao novo poder instalado. A aproximação com o bloco socialista rendeu novas retaliações dos EUA que, sob o governo de John Kennedy, rompeu as ligações diplomáticas com o país. A ação tomada no início de 1961 foi logo seguida por uma tentativa de contra-golpe, onde um grupo reacionário treinado pelos EUA tentou instalar - sem sucesso - uma guerra civil que marcou a chamada invasão da Baía dos Porcos. Após o incidente, o governo Fidel Castro reafirmou os laços com a URSS ao definir Cuba como uma nação socialista. Para que a nova configuração política cubana não servisse de exemplo para outras nações latino-americanas, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica conhecido como “Aliança para o Progresso”. Em 1962, a União Soviética tentou transformar a ilha em um importante ponto estratégico com uma suposta instalação de mísseis apontados para o território estadunidense. A chamada “crise dos mísseis” marcou mais um ponto da Guerra Fria e, ao mesmo tempo, provocou o isolamento do bloco capitalista contra a ilha socialista. Com isso, o governo cubano acabou aprofundando sua dependência com as nações socialistas e, durante muito tempo, sustentou sua economia por meio dos auxílios e vantajosos acordos firmados com a União Soviética. Nesse período, bem sucedidos projetos na educação e na saúde estabeleceram uma sensível melhoria na qualidade de vida da população. Entretanto, a partir da década de 1990, a queda do bloco socialista exigiu a reformulação da política econômica do país. Em 2008, com a saída do presidente Fidel Castro do governo e a eleição do presidente Barack Obama, vários analistas políticos passaram a enxergar uma possível aproximação entre Cuba e Estados Unidos da América. Em meio a tantas especulações, podemos afirmar que vários indícios levam a crer na escrita de uma nova página na história da ilha que, durante décadas, representou o ideal socialista no continente americano.