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sábado, 2 de abril de 2011

MST

Quero elogiar a reportagem do MST que diz que o movimento vem perdendo seguidores devido aos empregos oferecidos na construção civil. É interessante esta questão pois percebe-se a busca da sobrevivência e ao mesmo tempo a árdua luta pela questão da terra no Brasil, com forte concentração e pouca preocupação das autoridades sobre a questão.

A crise no Egito afeta exportações brasileiras

No começo de 2011 o Egito passava por uma mudança política desencadeada por uma revolta popular.O presidente Hosni Mubarak renunciou o cargo o qual já havia assumido a mais de 30 anos .
A decisão ocorrue após 18 dias de violentos protestos de rua que deixaram mais de 300 mortos e 5 mil feridos. O movimento popular tem inspiração no levante que derrubou o presidente da vizinha Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, cujo governo se prolongava havia 23 anos. Além do Egito, os levantes no mundo árabe inspirados no exemplo da Tunísia se espalharam por Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Sudão e Omã.
Aos 82 anos, Mubarak já havia apresentado alguns problemas de saúde e, depois da pressão popular, admitiu que não seria candidato a um sexto mandato na eleição presidencial. A eleição está prevista para setembro deste ano.
Analistas acreditavam que ele iria tentar emplacar seu filho, Gamal Mubarak, como sucessor no comando do Partido Nacional Democrático (PND), o maior do país. Entretanto, Gamal e outras lideranças deixaram o partido., O secretário-geral do partido, Hossam Badrawi, renunciou ao cargo dizendo que o país em crise "precisa de novos partidos".
As turbulências no Egito levaram empresas brasileiras exportadoras de carne bovina a suspender ou a reduzir o ritmo de produção de cortes destinados àquele mercado. A decisão foi tomada porque os dustúrbios no país afetaram novos embarque do produto, segundo Antônio Camardelli, presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec). O Egito importa 3 mil a 4 mil toneladas de carne bovina do Brasil por mês, informa a Abiec. Isso significa em, valores, entre US$ 10,8 milhões e US$ 14,4 milhões mensais, considerando um preço médio de US$ 3,621 por tonelada da carne brasileira exportada ao país no ano passado. Camardelli explicou que embarques de carne que já haviam sido feitos foram desviados para portos intermediários.

Concentraçao de renda

Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que o quadro de desigualdades no país e a concentração de renda se mantêm entre os maiores do mundo. Segundo o Instituto, 10% da população mais rica do Brasil detêm 75,4% de todas as riquezas do país. Os dados, segundo o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, seguem para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). A pesquisa foi realizada, segundo o executivo, como subsídio à discussão sobre a reforma tributária, em curso no Congresso. Ainda segundo a pesquisa a concentração é maior em três capitais brasileiras. A concentração é maior em São Paulo, onde 10% detém 73,4% de toda a riqueza. Esse número cai, em Salvador, para 67% e, no Rio, para 62,9%. Segundo Pochmann, um dos principais responsáveis pela distorção é o sistema tributário em vigor. Mesmo com as mudanças no regime político e no padrão de desenvolvimento, a riqueza permanece pessimamente distribuída entre os brasileiros. É um absurdo uma concentração assim . Na contramão do equilíbrio fiscal pretendido por qualquer nação civilizada, no Brasil os pobres chegam a pagar 44,5% a mais de impostos do que os ricos, conforme mostra a pesquisa a ser apresentada ao CDES. O economista sugere que os ricos tenham uma tributação exclusiva, para conter esse regime de desigualdade, por meio de uma reforma tributária que calcule a contribuição de cada brasileiro conforme sua classe social. Nenhum país conseguiu acabar com as desigualdades sociais sem uma reforma tributária .