Nações Unidas, 4 abr (Prensa Latina) O Conselho de Segurança inicia hoje uma semana marcada pelas crises na Líbia e Costa do Marfim e um debate sobre a situação no Haiti dirigido pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. Nesta segunda-feira, essa instância escutará um relatório do enviado especial da ONU para a Líbia, Abdelilah Al-Khatib, que acaba de sustentar conversas com as autoridades e as forças antigovernamentais nesse país. O emissário reuniu-se na quinta-feira passada em Trípoli com Baghdadi Al-Mahmudi, premiê do governo de Muamar Al Kadaffi, e no dia seguinte o fez em Benghazi com o chefe do chamado Conselho Nacional de Transição, Mustafa Abdeljalil. Nesses contatos o enviado da ONU reiterou a necessidade de cumprir as resoluções 1970 e 1973 aprovadas pelo Conselho de Segurança, nos dias 26 de fevereiro e 17 de março, respectivamente. Esses textos exigiram um cessar-fogo na Líbia e também avançar para uma solução ao conflito, decretaram sanções, entre elas um embargo de armas, e proibiram de viajar e congelaram fundos e ativos de quase vinte pessoas, entre elas Kadafi. Também abriram as portas à imposição de uma zona de exclusão aérea nesse país e aos ataques da aviação dos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha contra as forças governamentais. Desde o dia 1, o Conselho de Segurança está presidido pelo representante permanente da Colômbia, Néstor Osorio, que dirige esse órgão durante este mês. Amanhã essa instância dedicará uma sessão à crise na Costa do Marfim e receberá um relatório do subsecretário geral da ONU a cargo das operações de paz, Alan Le Roy. O conflito marfinense eclodiu depois do segundo turno das eleições presidenciais de novembro passado e se intensificou há uma semana com sangrentos combates entre forças do ex-premiê Alassane Ouattara e do presidente que termina o mandato, Laurent Gbagbo. O primeiro foi declarado vencedor das eleições e reconhecido pela comunidade internacional como presidente eleito, enquanto o segundo se nega a admitir a derrota e a entregar o poder a seu adversário. Na quinta-feira passada, o Conselho de Segurança impôs sanções financeiras e de viagem a Gbagbo, sua esposa e três membros de seu meio governamental. Na próxima quarta-feira, o corpo realizará um debate promovido pela Colômbia sobre a situação no Haiti para destacar a necessidade de acelerar a ajuda a esse país antilhano assolado por um terremoto em janeiro de 2010 e uma epidemia de cólera presente já há seis meses. Entre os participantes do fórum menciona-se o presidente haitiano, René Preval, o ex-presidente norte-americano e enviado especial das Nações Unidas para o Haiti, Bill Clinton, e o secretário geral da Organização de Estados Americanos, José Miguel Insulza. Também estão confirmados os chanceleres de Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, Chile, República Dominicana, Haiti, Peru e Uruguai. http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=277561&Itemid=1 |
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segunda-feira, 4 de abril de 2011
ONU: Líbia, Costa do Marfim e Haiti marcam agenda semanal
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