O Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta segunda-feira (25), mostra que 48,7% dos entrevistados acredita que a educação pública melhorou. Para 27,2%, não houve mudanças e 24,2% acreditam que a educação pública piorou.
A pesquisa, ainda, mostra que 12,1% acham que a educação melhorou bastante. Os que acham que piorou bastante chegam a 13,1% dos entrevistados.
O objetivo do Sips é captar a opinião e a avaliação da população brasileira sobre políticas e serviços públicos em diversas áreas, como saúde, cultura, trabalho, justiça, segurança pública e mobilidade urbana, entre outras. Nesta edição, o Sips pesquisou sobre educação.
Foi aplicado um questionário com 21 questões objetivas, para 2.773 pessoas nas suas residências, em todo o Brasil, no período de 3 a 19 de novembro de 2010. Foram abordadas questões sobres os conselhos escolares, merenda escola, programa do Livro Didático, Programa Universidade para Todos (ProUni), entre outras. O Sips revelou que as mulheres são mais críticas que os homens sobre a situação da educação. Assim como os brancos que têm avaliações menos favoráveis quando comparadas às dos negros e pardos.
Regiões
O melhor índice foi registrado no Centro-Oeste (62,9% disseram que a educação melhorou), enquanto o menor coube ao Sudeste. Nesta região, 40% dos entrevistados consideraram avanço na área, enquanto outros 36% disseram que a educação piorou.
Segundo a pesquisa, o maior índice de percepção de melhora na educação no Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte, e o menor índice no Sul e no Sudeste podem ser uma evidência de que foram ampliados os investimentos nas três primeiras regiões, já que é justamente lá onde se encontram os piores indicadores educacionais do país.
ProUni
Dentre os programas específicos na área de educação abordados pelo Sips, o ProUni apresentou a maior visibilidade social - 61% dos entrevistados afirmaram conhecê-lo.
A maioria (82%) considerou que a quantidade de vagas ofertadas pelo programa é insuficiente. Outros 15,8% avaliaram como sendo suficiente.
Os critérios utilizados para seleção de candidatos foram considerados regulares por 40% do total de entrevistados que conhecem o programa, o que configurou maior frequência de resposta. Em seguida, aparecem aqueles que os avaliaram como bons (32,7%), enquanto 27,3% afirmaram que os critérios são ruins.