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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nosso planeta!

Egípcios manifestam-se novamente para “proteger a revolução”

A praça Tahrir voltou a ser palco de manifestações. Os egípcios saíram de novo à rua para  “proteger a revolução”. 

 Milhares de egípcios manifestaram-se, esta sexta-feira, no Cairo. Exigem igualmente que Hosni Mubarak e outros antigos dirigentes sejam levados à justiça.

 “Estamos aqui reunidos em solidariedade para com o resto da população do país para dizer que as exigências desta revolução não foram satisfeitas”, explica Amr Shalakany, professor universitário e manifestante. Uma opinião corroborada [comprovada] por Karima Al-Hefnawi, uma ativista política e membro da Assembleia Nacional para a Mudança: “Até agora, tudo o que conseguimos foi que o governo se demitisse. Mas isso não chega! Quando se fala de libertação de um regime, significa libertar-nos igualmente da constituição desses regime, da antiga organização seguida por esse regime e por todos os seus governantes.”

 A justiça egípcia proibiu vários antigos ministros e outros responsáveis do regime de Mubarak de abandonarem o país e congelou seus bens, enquanto prossegue as investigações por corrupção e desvio de fundos.

 O presidente deposto, Hosni Mubarak, está em prisão domiciliária, segundo anunciou, esta semana, o exército. 

 Mas os militantes pró-democracia receiam que a revolução acabe por ser “confiscada”.

 Fonte: Euronews.net

Brasil é refúgio de terroristas

Grupos terroristas como a al-Qaeda e o Hamas usam o Brasil como refúgio e base de apoio para planear e desencadeadas acções noutros países, revela a edição desta semana da revista brasileira ‘Veja’.

 

De acordo com a revista, que diz ter tido acesso a documentos secretos da Polícia Federal brasileira, da CIA e do FBI, pelo menos 20 extremistas com cargos de destaque em cinco organizações terroristas internacionais usam ou usaram nos últimos anos o território brasileiro como base. Recrutam militantes entre os descendentes da comunidade árabe, angariam recursos para financiar organizações como a al-Qaeda, o Hezbollah e o Hamas, e planeiam e dão ordens para operações em outros países, sejam meras acções de propaganda ou ataques à bomba.

 

Citando o exemplo de um destacado dirigente da al-Qaeda, que é responsável por células terroristas em 17 países mas vive anónimo num bairro pobre de São Paulo, a ‘Veja’ afirma que outros alegados extremistas residentes no Brasil usam a mesma táctica, casando em muitos casos com brasileiras e tendo filhos para ganharem cidadania e tendo sempre o cuidado de não dar nas vistas. A Polícia Federal sabe quem são e o que fazem, mas pouco pode fazer, até porque o Código Penal brasileiro não prevê o crime de terrorismo.

 Fonte: Site Correio da Manhã

Conselho de Segurança espera relatório de enviado da ONU à Líbia

O Conselho de Segurança voltará a analisar amanhã a situação na Líbia e espera receber informação do enviado especial da ONU para esse país, Abdelilah Al-Khatib, que acaba de visitar Trípoli e Benghazi.

 Revelam assessoria militar estadunidense e egípcia a rebeldes líbios 

O emissário reuniu-se na quinta-feira passada na capital líbia com Baghdadi Al-Mahmudi, premiê do governo de Muamar Al Kadafi, e no dia seguinte o fez com o chefe do antigovernamental Conselho Nacional de Transição.

 Segundo informou há dois dias o porta-voz oficial adjunto das Nações Unidas Farhan Haq, nesses contatos o emissário da ONU reiterou a necessidade de cumprir as resoluções 1970 e 1973 aprovadas pelo Conselho de Segurança, nos dias 26 de fevereiro e 17 de março, respectivamente.

 O primeiro desses documentos exigiu um cessar-fogo na Líbia, chamou a avançar para a solução das demandas de seu povo e decretou uma série de sanções contra esse país árabe, entre elas um embargo do fornecimento, venda ou transferência de armas.

 Também proibiu que viajassem quase vinte pessoas, entre elas Kadafi, vários de seus familiares e membros do governo, e ordenou congelar fundos, ativos financeiros e recursos econômicos pertencentes ou controlados por uma série de indivíduos.

 O outro texto, adotado por 10 votos a favor e cinco abstenções, abriu as portas à imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia e aos ataques da aviação dos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e outros países contra as forças governamentais.

 A reunião de manhã será a primeira do Conselho de Segurança em abril e sob a direção do representante permanente da Colômbia, Néstor Osorio, que ostenta a presidência rotativa desse órgão durante neste mês.

 

Na última sexta-feira, 13 países subdesenvolvidos de todas as regiões do mundo insistiram, diante dessa instância da ONU, na necessidade de ações para estabelecer um cessar fogo na Líbia e avançar para uma solução do conflito.

 A exigência foi apresentada em um comunicado assinado pelos embaixadores da República Dominicana, Nicarágua, São Vicente e Granadinas, Cuba, Antiga e Barbuda, Venezuela, Equador, Bolívia, Camboja, Indonésia, Mali, Guiné Equatorial e Vietnã.

 Os oito primeiros conformam a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA).

 A nota recebeu também o respaldo dos representantes do Brasil, Índia e África do Sul, países que não assinaram o texto por sua atual condição de membros não permanentes do Conselho.

 Os integrantes desse organismo são os Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido (permanentes e com direito a veto) mais Colômbia, Brasil, Líbano, Nigéria, Índia, Portugal, Bósnia e Herzegóvina, África do Sul, Gabão e Alemanha.

Fonte: Prensa Latina

Egito não viveu uma revolução - pelo menos, não ainda

Críticos dizem que mudanças ocorridas no país não são suficientes para justificar uso do termo. Ou pior: talvez Egito já viva uma contrarrevolução


Desde o dia 11 de fevereiro, quando Hosni Mubarak renunciou à presidência após 30 anos de governo, fala-se do Egito como um exemplo de luta pacífica pela democracia, caso de revolução pelas mãos do povo. O que não se percebeu, ainda, é que o Egito não viveu uma verdadeira revolução. Não ainda. “Assistimos a uma estranha empolgação, como se uma irresistível onda de revoluções democráticas estivesse lavando o Oriente Médio. As pessoas parecem não notar que nenhum regime caiu, de fato, ainda", disse ao site de VEJA George Friedman, presidente da consultoria de política internacional Stratfor. "No Egito, por exemplo, Mubarak renunciou e, em seu lugar, entraram generais que suspenderam a Constituição e o Parlamento", diz ele. "É isso que vamos chamar de grande vitória do povo?"

Sim, o povo foi à Praça Tahir, protestou pacificamente e derrubou o ditador. A narrativa, contudo, não é nem de perto tão simples. “Para começar, a coisa mais interessante não era que havia 300 000 pessoas na Praça Tahir, mas que havia somente 300 000. O que estava fazendo o resto?”, questiona Friedman. “Mubarak tinha mais apoio na sociedade do que se pensava e esses apoiadores permanecem lá." Por trás da limitada resistência que encontraram os manifestantes - principalmente se comparados aos rebeldes da Líbia -, diz Friedman, estava o próprio Exército. A instituição, desde o princípio, decidiu não se opor à queda de Mubarak. “O Exército queria que Mubarak caísse porque não desejava ver seu filho no cargo, como o ditador planejava. Os militares conseguiram exatamente o que sonhavam”, acrescenta o analista.

No poder, o Conselho Militar passou a exercer o papel antes ocupado pelo ditador. Há relatos de prisões de ativistas, desaparecimentos e até torturas. As mulheres foram excluídas da elaboração das emendas à Constituição. E, para coroar esse processo, o gabinete egípcio aprovou recentemente uma lei que criminaliza os mesmo protestos que, teoricamente, entregaram ao país sua chance de democracia. Se a medida for sancionada pelo Conselho Supremo das Forças Armadas, aqueles que fizerem greves ou manifestações que, de alguma maneira, interfiram no funcionamento dos negócios do país, pagarão com até um ano de prisão ou com uma multa de valor estratosférico, equivalente a 1,2 milhão de reais. Na última sexta-feira, dezenas de milhares foram às ruas para 'protestar contra o antiprotesto'.


Na marcha ré - No que se refere ao conceito de revolução, alguns analistas vão mais longe do que Friedman, falando em retrocesso na marcha democrática do Egito. “Talvez o Egito já esteja vivendo sua contrarrevolução”, afirma Michael Walzer, professor de política internacional da Universidade Harvard e autor de Pluralism and Democracy (Pluralismo e Democracia, Éditions Esprit). Para ele, o referendo sobre a emenda constitucional realizado em 19 de março foi a principal derrota para os “revolucionários”. Na votação, 45 milhões de eleitores tiveram que optar pelo ‘sim’ ou pelo ‘não’ a um pacote de emendas à antiga Constituição que vigorava durante a era Mubarak.

O 'sim' venceu com apoio de 77% dos egípcios. A questão de maior apelo era a realização de eleições ainda em 2011 - encurtando a permanência do Exército no poder. É bastante significativo, contudo, que os jovens que organizaram as manifestações antigoverno pela internet, o ex-Nobel da Paz Mohamed ElBaradei e o secretário geral da Liga Árabe, Amr Moussa, tenham apoiado o ‘não’. Eles argumentavam que não há boas emendas a uma Constituição ruim. Além disso, esse grupos queriam tempo para se organizar em partidos. Enquanto isso, as duas forças políticas mais importantes e organizadas do Egito foram partidárias do sim: os ex-integrantes do partido de Mubarak e os fundamentalistas da Irmandade Muçulmana.

Democracia - O resultado do referendo mostrou que as forças políticas liberais no Egito são as que têm menos apoio dos eleitores. “O Exército e o antigo partido de Mubarak devem dominar as próximas eleições. E os jovens que lideraram as manifestações serão apenas uma voz minoritária quando o governo surgir”, diz Walzer. “Eles não vão assumir o poder em um futuro próximo. Para chegar a isso, terão de se organizar e começar uma longa batalha política."


Fonte: Revista Veja online


Conselho de Segurança debate sobre ajuda ao Haiti

Haiti volta a concentrar hoje a atenção do Conselho de Segurança, desta vez por uma iniciativa colombiana que pretende acelerar a assistência internacional a esse país vítima de um violento terremoto em janeiro de 2010.

Esse órgão de Nações Unidas, encabeçado por Colômbia durante o presente mês, dedica nesta quarta-feira uma sessão especial ao Haiti sob a presidência do mandatário colombiano, Juan Manuel Santos.

A iniciativa para retomar o caso haitiano responde ao desejo de Bogotá de apressar o cumprimento do compromisso assumido pela comunidade internacional a favor da nação antilhana, segundo declarou o embaixador de Colômbia ante a ONU, Néstor Osorio.

Na sessão do Conselho de Segurança participarão o presidente haitiano, René Preval, e os chanceleres da Argentina, Brasil, Cuba, Chile, República Dominicana, Haiti, Peru e Uruguai.

Também o ex mandatário norte-americano e enviado especial da ONU para o Haiti, Bill Clinton, e os titulares da Organização de Estados Americanos, José Miguel Insulza, e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno, segundo se informou.

O 12 de janeiro de 2010 Haiti foi estremecido por um potente terremoto que deixou mais de 300 mil mortos e um milhão 300 mil pessoas sem moradia, e nove meses depois da epidemia de cólera que tem cobrado umas quatro mil 700 vidas.

Em março do ano passado uma conferência de doador convocada pela ONU escutou promessas de ajuda a Haiti por cinco bilhões 300 milhões de dólares em dois anos e de nove bilhões 900 milhões no decênio, cifras muito longínquas do recebido até agora pela nação antilhana.


Fonte: http://www.prensa-latina.cu/index.php?option=com_content&task=view&id=278168&Itemid=1