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terça-feira, 5 de julho de 2011

Preconceito na escola

O preconceito nas escolas brasileiras. Segundo um estudo realizado pelo INEP juntamente com o MEC existe descriminação de alunos, pais dos alunos, professores, a nível de diretoria e até entre os funcionários. Os que mais sofrem com essas manifestações são deficientes, geralmente os mentais, depois vem os negros, índios, ciganos, homossexuais e mestiço.
Concluíram diante dessa pesquisa que 99,3% dos entrevistados têm algum tipo de preconceito e que mais de 80% desejam manter distância social de portadores de necessidades especiais, homossexuais, pobres e negros. Desse total, 96,5% sente preconceito em relação a pessoas com deficiência e 94,2% na etno-racial.
A sociedade é preconceituosa, a escola não é a única a ter esse tipo de ato discriminante. Segundo a pesquisa, as discriminações são tão grandes e profundas que quase chegam a caracterizar a nossa cultura.

Arte

Fazer uma definição específica para a arte não é simples, assim como determinar a sua função no dia a dia das pessoas, pela possibilidade de exercer funções pragmática, formal ou, ainda, possuir uma dialogicidade entre as duas funções. Muitas pessoas consideram a arte uma coisa supérflua, não compreendendo a subjetividade estética do objeto artístico, que é dar prazer. É claro que existem prioridades para a existência das pessoas, porém ao se emocionar com uma composição de Ravel ou de Van Gogh, por exemplo, terá tido a oportunidade de conhecer a capacidade humana de sentir, pensar, interpretar e recriar o seu mundo com sensibilidade e criatividade. A cultura de um povo é preservada através da sua arte, seja ela popular ou erudita, pois possibilita estudar e compreender aquelas civilizações que não mais existem e cria um sentido para as que ainda hoje fazem a sua história. Há no mundo atualmente diversos povos que são conhecidos pelo resgate de seus objetos artísticos, como: cerâmicas, esculturas, pinturas, entre outros. A arte nos permite viver melhor, ter diferentes olhares sobre um mesmo objeto ou situação, ela nos faz sonhar. A proposta de um verdadeiro artista, e não de um simples artífice, é tocar os sentidos de quem apreciará sua obra, é possibilitar a fruição da sua arte. O ser humano que lida com a arte, seja ela: cênica, visual ou sonora, certamente encontra-se passos adiante dos que não têm contato com o objeto estético. É preciso ser artista e se recriar a cada dia.

CONTINENTE /NUVEM


A obra de Rivane Neuenschwander está instalada numa pequena casa de fazenda de 1874, a mais antiga construção remanescente da propriedade rural que deu origem ao Inhotim. Continente/Nuvem (2008) é uma obra cinética que ocupa totalmente o teto da casa. A obra consiste em pequenas bolas de isopor que se movem aleatoriamente sobre um forro transparente, ativadas por circuladores de ar. Esse estímulo cria formas abstratas monocromáticas que aludem ao mesmo tempo a mapas e ao movimento das nuvens no céu.

ASPECTOS POSITIVOS NO ÂMBIO POLÍTICO

A participação social como forma de implementar o estado democrático de direito brasileiro

Resumo: Pretende-se, pelo presente texto, apresentar as três formas modernas de Estados (Liberal, Social e Democrático), estabelecendo os pontos positivos e negativos, bem como fazer uma abordagem de como está a participação do cidadão na implementação do Estado Democrático de Direito Brasileiro.
Palavras-chave: Estado, sociedade, democracia.
Abstract: We intend, in this article, to present the three modern forms of States (Liberal, Social and Democratic), establishing the positive and negative points, as well as show how is the people’s participation in the implementation of the Democratic State of Brazilian Law.
Sumário: Introdução. 1. As formas de Estado de Direito. 1.1. Prolegômenos. 1.2. O Estado Liberal de Direito. 1.3. O Estado Social de Direito. 1.4. O Estado Democrático de Direito. 2. A participação do indivíduo na construção do Estado Democrático de Direito. Considerações finais.
INTRODUÇÃO
Conforme claramente preceituado no preâmbulo e no caput do artigo 1º da Constituição Federal de 1988, vivemos, ao menos teoricamente, em um Estado Democrático, onde os direitos mais fundamentais dos cidadãos, também teoricamente falando, deveriam ser respeitados e implementados de uma maneira a garantir o desenvolvimento social.
Não parece, no entanto, ser efetivamente o que acontece em nosso país, bem como na grande maioria (senão em todos) dos países ditos “em desenvolvimento”, tendo em vista que se continua a agir da mesma maneira como era na época do descobrimento - a exploração dos descobridores - hoje colonizadores capitalistas, deixando que Estados alienígenas ditem os rumos de nossas vidas.
Esta subserviência do Estado Brasileiro é gritante e indiscutível - o país deixa de buscar formas de oferecer bem estar e dignidade para a sociedade em prol de interesses mesquinhos de um grupo minoritário que, ao primeiro sinal de perigo, nos abandona e se refugia em um país estrangeiro (desenvolvido, naturalmente). Isto é fato veiculado diariamente na imprensa, sem, contanto, causar estranheza e maiores celeumas sociais, evidenciando a servilidade e a passividade de nosso povo com relação aos seus próprios interesses de cidadãos. Evidente, portanto, que a intensa torrente de informações e a suposta liberdade não acompanhada de esclarecimento e educação, de nada serve para reverter um quadro social de intensas desigualdades.
A falácia de soberania, cidadania e dignidade tem grande aceitação na teoria, contudo, não se faz absolutamente nada para a implementação de políticas públicas que visem tornar real e pôr em prática o discurso apresentado.
Não se pretende, neste artigo, apresentar uma fórmula mágica, ou uma solução final para o problema, mas fazer uma apologia ao óbvio, que mesmo sendo óbvio parece que não atinge os nossos democráticos e intelectos (?!) representantes, ou seja, é preciso que se pense em primeiro lugar no povo, na sociedade, para depois, iniciar negociações com outros Estados, não visando negociatas, mas formas de trazer o engrandecimento da nação e resgatar o orgulho perdido da população.
Apresentam-se primeiramente, de maneira sucinta, as três formas de Estado de Direito, a saber, o Liberal, o Social e o Democrático, procurando apresentar os principais caracteres de cada um, apontando-se, por exemplo, os malefícios que uma lógica liberal de liberdade pode causar a uma parcela da população, mostrando que o Estado Social apresenta-se segregador a partir do momento em que cuida apenas dos interesses de parte da população e, por fim, procurando mostrar que a lógica democrática da igualdade é a que guarda uma maior sintonia com os anseios das sociedades modernas, principalmente dos países mais pobres. Em um segundo momento, pretende-se apresentar a participação social como mecanismo de implementação das políticas públicas e efetivação do Estado Democrático de Direito, pois é somente através da participação popular que conseguiremos uma alteração do status quo, passando de um Estado servil aos interesses estrangeiros e privados, para um Estado preocupado com a situação de miserabilidade de sua população e que busca formas de solucionar tais problemas.
Efetivamente, é apenas com a participação ampla, geral e irrestrita da sociedade que pode-se falar em Estado Democrático, pois democracia é a participação do todo social de forma igualitária, sem quaisquer distinções.

Consumismo no Mundo

Imagine esta cena: você está parado diante de sua TV, e o que aparece na telinha é um comercial com jovens bonitos, em um belo dia de sol, namorando, rindo e curtindo a vida de um jeito que só eles sabem como fazer. Ao término da propaganda, aparece algo como: "a vida é hoje!", "aproveite agora" ou outro slogan qualquer que remeta a esta mesma idéia. Isto porque, o público-alvo dos comerciais é justamente o jovem, hoje a maior parcela entre os consumidores, já que, entre outros fatores, viaja mais, se diverte mais e, por conseqüência, gasta mais.
De olho neste filão, as campanhas publicitárias incentivam o imediatismo, a idéia de aproveitar a vida para não se arrepender do que podia ter sido e não foi. Elas apostam no comportamento de compra desenfreada, da compra por impulso, do consumo sem reflexão. É claro que nem todo jovem compra, gasta, viaja e se diverte porque simplesmente não pensa nas conseqüências. Mas é fato que, quanto mais jovem e inexperiente, mais facilmente se é influenciado a ter este tipo de comportamento.
Para especialistas, esta é uma realidade do mundo atual, diferente do passado, quando os jovens eram mais engajados e a sociedade também vivia um panorama distinto."Esta idéia de consumo faz parte de um mercado fast-food, onde tudo tem que ser feito, e rapidamente", diz o psicoterapeuta do Departamento de Psicologia da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas) Hipólito Carretoni Filho.
Segundo ele, este comportamento de consumo não se reflete apenas nas compras, mas no modo como os jovens encaram a vida hoje. "Note que se um bar novo abre todo mundo o consome até que apareça uma outra novidade. A juventude é levada pelas circunstâncias", ressalta. O psicoterapeuta defende que este comportamento tem se refletido também nas relações interpessoais. "Hoje, até a fidelidade deles é circunstancial. Mantém-se um grupo de amizades e um relacionamento até o momento em que eles oferecem determinadas `vantagens´. Depois, joga-se fora e parte-se para outra", destaca.
Outra questão que pode desencadear este tipo de relação com as compras é a forma como o jovem encara os processos de consumo. Segundo o professor do Grupo de Estudos do Consumo do Departamento de Psicologia da UnB (Universidade de Brasília) Jorge Oliveira Castro, há dois tipos de consumo que devem ser levados em consideração: o por atributos utilitários, ligado à funcionalidade do produto e de que forma ele pode facilitar seu dia-a-dia; e o consumo por valores simbólicos - neste caso, relacionado ao status que o produto pode fornecer como identificação com determinado grupo de pessoas ou prestígio perante a sociedade. "É justamente este segundo parâmetro que tem tido valor para estes jovens", declara o professor.
Carretoni Filho diz acreditar que este comportamento também pode ser desencadeado pelas relações de grupo. É importante que o jovem esteja atento aos fatores que o impulsionam a comprar: "Muitas vezes alguém de sua turma aparece com determinada pulseirinha. Aí lá vai o jovem atrás de uma pulseira igual para ficar na moda", diz.
Segundo ele, esta questão de auto-afirmação é muito perigosa porque, ao mesmo tempo em que pode desencadear um comportamento de consumo desenfreado, dependendo do tipo de grupo em que o jovem está inserido pode levá-lo a desenvolver ações muito mais prejudicais a sua saúde, como, por exemplo, o consumo de drogas e bebidas alcoólicas. "Jovens suscetíveis têm muito mais chances de experimentar álcool e drogas do que os jovens de `cabeça feita´", diz.
Consumista, eu?
Para Carretoni Filho, é muito fácil identificar um jovem consumista. "Geralmente eles querem freqüentar lugares populares e causar uma boa impressão. Assim, se vestem com roupas que seguem a última tendência, porque querem ver e ser vistos", diz.
No Brasil, este comportamento é identificado em grande parte dos jovens. Segundo pesquisa elaborada pelo Instituto Akatu, com base em estudo realizado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) com jovens de 24 países dos cinco continentes, os jovens brasileiros estão no topo dos mais consumistas, à frente de jovens franceses, japoneses, argentinos e americanos. Dos 259 entrevistados, de nove regiões metropolitanas no país, 37% apontaram as compras como um assunto de muito interesse no dia-a-dia. Para 78%, a qualidade é o principal critério de compra, seguido pelo preço.
A ala masculina poderia dizer que apenas as jovens fazem parte desta pesquisa. No entanto, os números mostram que os rapazes têm contribuído para engrossar as estatísticas. A diferença é o destino que cada um deles costuma dar a seu dinheiro, seja ele de mesada ou salário. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos/Marplan em oito capitais brasileiras, os meninos costumam gastar mais com CDs, DVDs e eletrônicos. Eles também acessam mais Internet e passam mais tempo no computador do que elas, que ainda preferem destinar sua renda para roupas, sapatos e artigos esotéricos, entre outros artefatos.
Para o professor da UnB, no entanto, é importante destacar que o impulso consumista, em alguns casos, pode se tornar uma doença. Aí, é importante que as pessoas mais próximas aos jovens que apresentam este tipo de comportamento dêem orientação para tirá-los do mau caminho. Deve-se entender ainda quando isto é reflexo de outros distúrbios, como por exemplo depressão e ansiedade. "As mulheres brincam muito com esta questão: `estou deprimida e vou para o shopping´. Mas isso pode, de fato, tornar-se uma fuga", revela Castro. Isto porque euforia ao realizar as comprar é uma característica dos consumistas de plantão.
Vale o preço que se paga?
No fim das contas, você pode se perguntar, mas quanto custa essa brincadeira, já que andar na moda não é barato e, tampouco, estar nos lugares badalados? "Posso dizer que sai caro tanto para os jovens que trabalham para pagar suas dívidas como para os pais que bancam o consumo dos filhos", afirma Carretoni Filho. Segundo ele, o jovem consumista é aquele que anda sempre endividado, no vermelho, usa todas as formas possíveis para pagar as contas e, ainda assim, não consegue frear o desejo de ter, de comprar. "Há casos, em que estes jovens mobilizaram a família toda, incluindo tios e avós, para ter o presentinho que tanto querem. Ou, quando trabalham, incorporam o limite (do cheque especial) ao seu salário sem pensar nos prejuízos futuros com o acréscimo dos juros", diz. (Leia, no link acima, à direita, depoimentos de alguns jovens considerados consumistas sobre como administram suas finanças e as loucuras que já cometeram quando não conseguiram resistir ao impulso de comprar).
Para estes jovens, ficam as seguintes dicas dos especialistas: "Antes de comprar, pare e se pergunte: eu preciso mesmo disso? Qual será o valor agregado disso para mim?", destaca Castro. Já Carretoni Filho é mais enfático: "Deixar os talões de cheque e cartões de crédito em casa são boas alternativas. Além disso, fazer listas de compras priorizando os elementos mais úteis também pode ajudá-los a se controlar antes de sair por aí gastando", afirma.
Neste aspecto, embora Castro - especialista em consumo - afirme que não há estudos que façam ligação entre as diversas opções de pagamento que o consumidor tem acesso ao número de dívidas que ele pode fazer, certamente esta é uma alternativa utilizada pelo comércio para seduzir e incentivar as vendas. "Acredito, porém, que se o consumidor perguntar a si mesmo se precisa do produto ele poderá sair com qualquer opção de pagamento no bolso que não será levado a comprar por impulso. É preciso ter autocontrole em primeiro lugar", conclui.

http://mundoconsumista.blogspot.com/2008/05/jovens-mquinas-de-consumo.html



Tudo sobre Arte Tecnológica

A arte tecnológica e multimídia desenvolve-se no Brasil a partir dos anos 1970, na seqüência de desdobramentos da arte construtiva e da arte conceitual, e tem seu território privilegiado em São Paulo. Waldemar Cordeiro (1925-1973) começa a trabalhar com computadores em 1968 no Centro de Processamento de Imagens da Unicamp, e realiza em 1972, em São Paulo, a mostra Arteônica - O Uso Criativo dos Meios Eletrônicos em Arte. No catálogo da mostra, ele afirma: "Se os problemas artísticos puderem ser tratados por máquinas ou por equipes que incluam o partner computador, poderemos saber mais a respeito de como o homem trata os problemas artísticos". Em 1973, Aracy Amaral organiza para a firma Grife, de São Paulo, a mostra Expoprojeção, com audiovisuais, filmes super-8 e discos de 42 artistas brasileiros. Foi o primeiro levantamento que se fez no Brasil da produção artística com essas novas mídias. Entre os participantes estão Antonio Dias (1944), Antonio Manuel (1947), Artur Barrio (1945), Carlos Vergara (1941), Cildo Meireles (1948), Décio Pignatari, Frederico Morais, Hélio Oiticica (1937-1980), Iole de Freitas (1945), Luiz Alphonsus (1948), Marcello Nitsche (1942), Mario Cravo Neto(1947), Olívio Tavares de Araújo, Raymundo Colares (1944-1986) e Rubens Gerchman (1942 - 2008). O audiovisual e o super-8 aparecem quase simultaneamente no processo mundial de miniaturização da cultura e são amplamente usados pelos artistas plásticos brasileiros. O principal núcleo de audiovisualistas no Brasil está em Belo Horizonte, onde se destacam, no início dos anos 1970, Maurício Andrés Ribeiro, Beatriz Dantas e George Helt. Germano Celant realiza na Itália, em 1973, a mostra The Record as Artwork. Antônio Dias e Cildo Meireles estão entre os brasileiros que usaram o disco como suporte para suas especulações estéticas. Xeroqueiro desde 1974, Bené Fonteles faz uso "selvagem" e agressivo da xerografia, tratando a quente os acontecimentos políticos e culturais ao mesmo tempo que associa esse meio à arte postal. Como ele explica: "O que mandavam, ia xerocando, interferindo, enviando de volta: reciclagem, amizades, correio sentimental, relações humanas, vida, amor". Hudinilson Jr. xeroca seu próprio corpo no evento Xerox Action, realizado em 1983 no MIS/SP. No segundo semestre de 1974, Anna Bella Geiger, Sônia Andrade, Ivens Machado, Ângelo de Aquino e Fernando Cocchiarale começam a empregar o vídeo como ferramenta criativa. Os paulistas Donato Ferrari, Júlio Plaza, Regina Silveira e Gabriel Borba Filho vieram um pouco depois. O grupo carioca participa com seus vídeos da 8ª Jovem Arte, no MAC/USP, que em 1976 adquire aparelhagem e monta um setor de vídeo. Dois anos depois, José Roberto Aguilar e Marília Savoya promovem no MIS/SP o 1º Encontro Internacional de Vídeo no Brasil. Por volta de 1974, Júlio Plaza e Regina Silveira empregam a heliografia como suporte para seus trabalhos de arte, mas quem mais se dedica a esse meio entre nós é o argentino Leon Ferrari, residente em São Paulo. Em 1981, a Pinacoteca do Estado de São Paulo reúne em exposição cerca de trinta artistas cariocas e paulistas que trabalham com a heliografia com diferentes enfoques temáticos e formais. A primeira mostra de holografia no Brasil acontece na Fundação Bienal de São Paulo em outubro de 1980, cabendo ao artista plástico José Wagner Garcia a realização da primeira individual, ocorrida no MIS/SP, dois anos depois. Eduardo Kac, Fernando Catta Preta, Moysés Baumstein, Júlio Plaza e Décio Pignatari são alguns, entre os criadores brasileiros, que têm se dedicado à holografia. A 16ª Bienal de São Paulo, 1981, monta uma sala especial de âmbito internacional sobre arte postal, com curadoria de Júlio Plaza e apresentação de Walter Zanini. Este define a mail art como uma atividade processual que evidencia o fenômeno de desmaterialização da arte. Um dos primeiros grupos a empregar o correio como veículo artístico no Brasil foi o Poema-Processo, ainda nos anos 1960. Coincidindo com o lançamento da monografia Quase Cinema - Cinema de Artista no Brasil, 1970/80, Ligia Canongia promove pequena mostra na Galeria Sérgio Milliet da Funarte, em 1981. Segundo a autora, "o cinema de artista talvez pudesse ser compreendido como uma soma de suas linguagens específicas: a do cinema propriamente dito e a das artes plásticas, que acabaria por configurar uma terceira linguagem particular e autônoma". Hélio Oiticica, Raimundo Collares, Antônio Dias, Barrio, Iole de Freitas, Arthur Omar, Antonio Manuel, Lygia Pape, Miguel do Rio Branco são alguns artistas analisados. Regina Silveira e Rafael França realizam em 1982, em São Paulo e no Rio de Janeiro, a mostra Arte Micro: A Microficha como Suporte da Arte. Os 32 artistas que participam da mostra, com 380 trabalhos, usam microficha de 10,5 x 15 cm, que reduz 24 vezes o original, permitindo assim reproduzir em cada lâmina 48 trabalhos, que são vistos num aparelho visor manipulado pelo próprio usuário. No catálogo, Regina define sua proposta como uma paródia do "museu imaginário" de Malraux, arte portátil, de bolso. Annateresa Fabris e Cacilda Teixeira da Costa realizam para o Centro Cultural São Paulo, em maio de 1985, a mostra Tendências do Livro de Artista no Brasil. Livros de artistas existem no Brasil há muito tempo, como o Livro da Criação, de Lygia Pape (1959), mas somente nos anos 1970 começam a aparecer em mostras coletivas, como Poéticas Visuais (1977) e Poucos e Raros (1978 e 1980), refletindo preocupações dos artistas multimídias. As duas últimas exposições abrangentes de arte tecnológica são a que Júlio Plaza organizou para o MAC/USP, em setembro de 1985, e Brasil High Tech, que Eduardo Kac preparou para o Centro Empresarial Rio, em abril de 1966. A primeira tem várias seções: arte computador, holografia, microficha, videoarte, videotexto, heliografia e xerox. Explicando os mecanismos de criação dessa arte tecnológica, escreve Plaza no catálogo: "Se nas artes artesanais a produção é individual, nas artes industriais e eletrônicas a produção é coletiva, colocando em crise a mística da criação e a noção do autor. Pelo menos, o artista já não pode mais criar sem a ajuda do engenheiro, do matemático e do programador de dados".

http://catracalivre.folha.uol.com.br/2011/01/arte-tecnologica/

Mariko Mori--Arte Tecnológica

A arte pode dividir com a tecnologia eletrônica, a espiritualidade e a fotografia de moda a capacidade de dar forma aos sonhos, fantasias e desejos da humanidade. Este é o pensamento que norteia o trabalho de Mariko Mori, artista japonesa que vive entre Tóquio e Nova York e que é hoje um dos maiores nomes da arte em esfera mundial. Com trabalhos em espaços cultuados como Guggenheim (NY), MoMA (NY), Centro Georges Pompidou (Paris) e outros, Mariko Mori expõe pela primeira vez no Brasil.

Mariko Mori utiliza o design e a arte de vanguarda para compor elementos de engenharia de ponta, interativos e de forte impacto físico e visual. A obra se renova incessantemente; nunca é a mesma. Além disso, inspira-se no conceito budista de que todas as coisas do universo estão conectadas. Seu trabalho contempla mundos fantásticos e seres espetaculares em fotografias e vídeos que parecem surpreendentemente reais. “Meu trabalho é uma espécie de oferta”, disse a artista. A arte de Mori recontextualiza figuras do passado, mesclando temas aparentemente opostos como religião e ciência, natureza e cultura, passado e futuro. Poesia e estética revolucionando aspectos do pensamento cultural, moderno e globalizado.

Os trabalhos de Mariko Mori fundem arte e tecnologia, Budismo, Xintoísmo e a ideia de uma consciência espiritual universal. Desenhando antigos rituais e símbolos, Mori usa tecnologia de ponta e materiais de última geração para criar uma visão bela e surpreendente do século XXI.


http://catracalivre.folha.uol.com.br/2011/01/arte-tecnologica/

Arte Tecnológica




Sempre houveram técnicas para se produzir arte. Do Renascimento até o século XIX, as artes eram feitas à mão, de maneira artesanal. Dessa forma, dependiam da habilidade do artista.

A revolução industrial trouxe consigo não só as máquinas, mas também grandes mudanças. As máquinas aumentavam a força física do homem e foi criada a câmera fotográfica. Nasceram aí, as artes tecnológicas, acabando com a exclusividade do artesanato nas artes.

http://modaaocubo.blogspot.com/2009/06/arte-tecnologica.html