Pesquisar este blog

sábado, 25 de junho de 2011

Cidade erradica 159 árvores em apenas 3 meses

São números oficiais. A Secretaria de Meio Ambiente recebe em média cem pedidos de poda de árvores e mais 150 para erradicação por mês. De acordo com Mario César Vieira Marques, 70% dos pedidos de corte são indeferidos.

Levantamento mostra que nos primeiros três meses deste ano 159 árvores foram erradicadas. A maioria na região sul com 38 ações o que representa 23% do total. Em segundo ficou a zona oeste com 36. O levantamento mostra ainda números da zona leste (32), norte (31) e centro (22).

Segundo Marques, a autorização para corte ou poda é feita pela secretaria mas a CPFL também participa.

“Se a árvore cresce demais e os galhos alcançam a rede primária e secundária de energia a CPFL é acionada. Já quando diz respeito a ligação da residência funcionários da própria secretaria efetuam o serviço”, explica.

Os pedidos de cortes estão em sua maioria ligados ao mau estado da árvore ou estragos provocados nas calçadas. Toda erradicação precede de uma vistoria técnica, diz Marques.

Recentemente a aposentada Maria da Silva Carvalho, 70, solicitou a poda. O trabalho foi realizado na rua Paes Leme, bairro Alto Cafezal, depois de três meses de espera, segundo ela.

“Nós pedimos porque os galhos estavam se aproximando dos fios, além do que a rua estava muito escura. Sou favorável a poda consciente e não aos cortes desmedidos”, opina.

Tanto para solicitar poda como corte é necessário protocolar pedido na Secretaria de Meio Ambiente. No caso de poda o procedimento pode ser feito pelo próprio proprietário caso não envolva situações de risco do contrário os trabalhos são executados de acordo com a teor de urgência.

Já para o corte é necessário que a pessoa assine documento se comprometendo a repor outra muda no mesmo local. “As árvores predominantes na cidade são a Munguba e Sibipiruma que não são próprias para o ambiente urbano por isso sugerimos outras espécies”

O corte irregular não autorizado pela Secretaria pode gerar multa de R$ 500.

Ainda de acordo com o secretário por ano a secretaria em parceria com empresas efetua o plantio de seis mil mudas de árvores em áreas públicas e calçadas.

De acordo com o gestor ambiental Antonio Luiz Carvalho Leme, integrante da ONG Origem a cidade é carente de uma política ambiental, principalmente no que diz respeito à arborização.

Ele afirma que o Município nem mesmo acata as legislações já existentes em torno da questão da arborização. “Um exemplo é a lei nº 5.900 que exige que a cada nova construção ou reforma seja plantada uma árvore para que seja entregue o habite-se, na prática isso não vem ocorrendo”, afirma.

Leme diz ainda que o plano de arborização instituído em 1.990 nunca foi praticado.

Para ele os locais mais carentes de arborização são as áreas centrais da cidade. “É um absurdo já que algumas espécies são cortadas por motivos fúteis como, por exemplo, porque atrapalha a visibilidade do outdoor de estabelecimento comercial”, diz.

No que diz respeito a vegetação Marília e região conta apenas com 7% de mata atlântica. “E o que sobrou é graças aos Itambés que rodeiam a cidade é um absurdo, mas quando saímos nas estradas da região vemos pouca vegetação”, comenta.

http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/100324/Cidade-erradica-159-rvores-em-apenas-3-meses

Um comentário:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.