Pode-se dizer que a arte é uma expressão estética, é o modo do artista entender o belo observando o seu objeto de estudo. Ela tem como um de seus principais atributos o poder de discutir as questões de sua época, de modo que vá registrando o tempo ao qual está vinculada.
A arte precisa ser necessariamente bela? O belo é intrínseco à arte, mesmo que essa beleza tenha vários tipos de interpretação. A ótica do espectador é que viabiliza a beleza. Entretanto o que atualmente muitos consideram como belo em arte é, ainda, um fruto do classicismo. Um espectador pode gostar do que é feio, chocante e horrendo para muitos outros, o que nos leva a considerar que não é o gosto que define o que é belo. De acordo com a tradição clássica o belo pode ser definido de maneira formal, ou seja, a partir de certas características como simetria, proporção e ordem das formas dos objetos. Mesmo que o espectador não goste, se estiver dentro dos padrões considerados relevantes aos critérios de beleza de arte ele deverá ser considerado belo. É o que podemos encontrar na Vênus de Milo (130-120 a.C.), que é um padrão de beleza clássica, ao contrário da Vênus de Willendorf que parece altamente desarmônica em relação a tais padrões.
Nem tudo o que é considerado belo deverá, necessariamente, ser considerado arte, e nem toda arte será considerada bela, de tal modo que, às vezes, sentimos uma sensação de que estão ocorrendo distorções acerca do que é belo. Acredito que Hitler concordaria comigo se estivesse olhando para uma tela cubista de Picasso, principalmente se comparada a uma de Rubens ou uma escultura de Antonio Canova.
http://arteesubjetividade.wordpress.comreferencia:
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