O vice-presidente e porta-voz do Conselho de Transição da Líbia, Abdel Hafid Ghoga, declarou neste domingo (20) que ao menos 8.000 pessoas morreram no país desde fevereiro, na tentativa de derrubar o ditador Muammar Gaddafi. A informação foi transmitida à rede de televisão AlJazeera.
Apesar do novo cessar-fogo anunciado mais cedo pelas forças militares do líder líbio, a artilharia antiaérea do Exército do país continua disparando na capital Trípoli, cidade onde foi estabelecida uma zona de exclusão aérea.
Os disparos partiram do palácio de Gaddafi, Bab el Aziziya, e de algum lugar na região central da cidade. No sábado (19), primeiro dia dos ataques das forças aliadas, a defesa antiaérea do regime entrou em ação na capital.
Fontes militares do governo líbio haviam anunciado que conseguiram abater um caça francês, informação desmentida pelo Estado-Maior do Exército da França.
Desconfiança quanto à Gaddafi
Mais cedo, o Pentágono manifestou dúvidas com relação a "todas as informações" vindas de Gaddafi - incluindo a sua oferta de cessar-fogo. O alvo da operação aliada, da qual participam EUA, Grã-Bretanha, França e mais recentemente o Qatar, entre outros países, não estão perseguindo o ditador, segundo o diretor do Estado-Maior Conjunto do Pentágono, William Gortney.
As forças do poder líbio estão cada vez mais isoladas e confusas, segundo Gortney. O total de mísseis lançados ontem pelos EUA e pela Grã-Bretanha subiu para 124. Também foi realizado um ataque americano contra a base aérea líbia de Ghardabiya.
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