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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Visita de Obama ao Brasil estreita relações econômicas e comerciais

A visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil, que ocorreu entre os dias 19 e 21 de março, foi o assunto mais debatido nos principais noticiários. Os EUA estão perdendo participação relativa no mundo sobre o ponto de vista econômico e, consequentemente, político. Sua vinda à terra do samba e do futebol é um forte sinal de que os americanos estão interessados em estreitar suas relações, especialmente as comerciais, conosco.

“Dos Brics [Brasil, Rússia, Índia e China], nações que terão grande importância econômica mundial em um futuro próximo, o nosso país é o mais estável, com situação institucional mais sólida e que vem demonstrando evolução na economia, política e indicadores sociais”, afirma o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite.

A notória aproximação entre Brasil e China tem deixado os americanos com a pulga atrás da orelha, mas o país não mede esforços para evitar perder este importante mercado em ascensão. “Os chineses estão agindo de forma agressiva com acordos comerciais no mundo, principalmente em nosso País. Os americanos perceberam que precisam reagir nesse aspecto”, completa Alcides.

Entretanto, em discursos e reuniões que participou, Obama ouviu, tanto da presidente Dilma Rousseff quanto de empresários de diferentes setores, a insatisfação tupiniquim em relação às barreiras comerciais a produtos brasileiros, como etanol, suco de laranja e carne. “À medida que abrimos nosso mercado, podemos exigir o mesmo lá. Como disse o próprio presidente norte-americano, passamos a ter uma relação de igual para igual, assim ganhamos poder de negociação. A diminuição dessas barreiras seria positiva, principalmente para as empresas ligadas às commodities, que teriam mais facilidade de entrar nesse grande mercado consumidor”, afirma o economista e analista de mercado da WinTrade, José Góes.

Um dos principais motivos para a vinda do presidente americano ao Brasil foi para assinar um acordo que visa facilitar as relações econômicas e comerciais, cujo objetivo é remover entraves burocráticos entre as duas nações. O Teca (Acordo de Cooperação Econômica e Comercial, na silga em inglês) cria um mecanismo permanente de diálogo para resolução de diversos assuntos, como barreiras a investimentos, ao comércio e cooperações em diversas áreas, como energética, de infraestrutura, diplomática e acadêmica, por exemplo.

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