O município de Ilha das Flores recebeu na manhã desta sexta-feira, 26, a 12ª etapa do censo educacional, promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) e o Ministério Público Estadual. O censo tem como objetivo fazer um diagnóstico da situação dos municípios em relação à educação, saúde e cidadania.
A abertura da ação foi realizada na Escola Estadual Manoel Antônio Pereira, com a presença de promotores de Justiça e da população do município. O promotor de Justiça da Educação, Fausto Valois, ressaltou a necessidade de todos terem acesso à educação. “O cidadão começa a conhecer os seus direito a partir de quando tem acesso à educação. É importante que o censo faça esse diagnóstico para que seja possível desenvolver políticas públicas que garantam à todos o acesso à educação, incluindo também as crianças com necessidades especiais”, afirmou.
O promotor da comarca de Pacatuba, à qual abrange também Ilha das Flores, Edileno Ítalo Santos, destacou a importância do censo realizado no município. “O Ministério Público tem a função institucional de zelar pelos direitos assegurados na Constituição, entre eles o acesso à educação. Nessa atividade de hoje serão levantados os dados do número de crianças e adolescentes que estão fora da sala de aula e quais os motivos, para que seja feito um diagnóstico que possamos atender aos anseios de toda a comunidade”, afirmou.
O promotor destacou ainda, a decisão da Secretaria de Estado da Educação de também inserir no censo o programa Sergipe Alfabetizado, que busca identificar os indivíduos maiores de 18 anos que não sabem ler e escrever para que possa promover a sua matrícula e eles sejam alfabetizados.
Famílias visitadas
Segundo a coordenadora do censo educacional, professora Selma Siqueira, serão visitadas 2.270 famílias por 238 recenseadores, formados por alunos das escolas da rede pública. As visitas serão realizadas em três povoados: Cerrão, Bongue e Arueira, e contarão com a ajuda dos coordenadores, que são os agentes de saúde da comunidade.
“Hoje é o dia da esperança de tempos melhores para Ilha das Flores. Pretendemos que nenhuma criança dentro da faixa etária escolar esteja fora da escola. Além disso, queremos que as crianças que tenham necessidades especiais sejam atendidas na área da saúde e que os jovens que não tenham certidão de nascimento também tenham direito à cidadania”, disse Selma.
Uma novidade este ano, segundo ela, é a pesquisa da quantidade de analfabetos. “Atendendo a um pedido da Seed, foi incluída também a pesquisa dos analfabetos, para que possamos formar turmas do programa Sergipe de Todos”, afirmou.
O prefeito de Ilha das Flores José Ronaldo Gomes Calixto se mostrou satisfeito pela iniciativa da Seed e do MP em realizar o censo no município. “Com esse diagnóstico poderemos ter dados concretos para procurar o governo estadual, federal, deputados, no sentido de conseguir verbas para a construção do que for preciso para melhorar o nosso município”, disse.
Satisfação
Uma das moradoras de Ilha das Flores, a dona de casa Flávia Santos Oliveira, disse ter gostado de participar da entrevista com os recenseadores. “Gostei muito. Meus filhos não estão fora da escola, mas acredito que é sempre bom realizar o censo. Nós devemos sempre cobrar melhorias para a nossa educação”, disse.
A mesma opinião foi compartilhada pela dona de casa Raimunda Silva dos Santos. “O censo é bom para saber o que está acontecendo em cada família. A gente espera que isso resulte em mais educação para a população de Ilha das Flores”, opinou.
A aposentada Alcina Pereira Feitosa, que tem dois filhos pequenos e que estão frequentando a escola, disse que essa pesquisa do censo educacional vai ajudar a saber qual a situação educacional das crianças para que as providências sejam tomadas. “Esse tipo de ação trás benefício para todos”, disse.
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