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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cada vez mais a leitura é deixada de lado

Um levantamento do Instituto Pró-Livro confirma que o brasileiro lê pouco. São 77 milhões de não leitores, dos quais 21 milhões são analfabetos. Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7 - ainda assim baixo.
Um estudo recém divulgado revela que 18% dos universitários da Região Metropolitana de São Paulo não lêem livros e 16% o fazem apenas de vez em quando. Outra descoberta: 55% dos entrevistados contaram que preferem se dedicar à leitura de livros essencialmente didáticos
Se o desinteresse pelo livro tem essa dimensão na região mais rica do país, onde existem dezenas de universidades e as grandes editoras e livrarias têm seu domicílio, não é sensato esperar que a situação seja melhor em outros pontos do território nacional. É certo que o hábito da leitura alimenta o saber de pessoas de, basicamente, todos os segmentos da sociedade; porém, é natural supor, os estudantes de cursos superiores deveriam nutrir interesse especial pelo livro. E isso por simples e compreensíveis razões: não só eles estão encarapitados num dos mais elevados degraus do ensino, posição ainda hoje ocupada por uma pequena e privilegiada porção de brasileiros, como a própria leitura é parte da educação.
Se tomarmos a quantidade de crianças e jovens que acorrem às bienais do livro no Brasil como termômetro do avanço do gosto pela leitura – a despeito de as vendas não andarem no mesmo passo –, o futuro imaginado pelo presidente da ABDL pode não estar tão longe. Perto de 30% dos visitantes da última bienal do Rio de Janeiro eram alunos de 7 a 13 anos de idade oriundos de escolas públicas, consumidores que levaram para casa 2,8 livros por pessoa (na bienal anterior a média foi de 2,1 livros). Os especialistas dizem que o ideal é que os pais comecem desde cedo a apresentar o livro a seus filhos, "não apenas para que cresçam como indivíduos cultos, mas também para ajudar seu desenvolvimento psíquico",ensina Amanda Kleemann Spinicci, psicóloga clínica.

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