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quinta-feira, 31 de março de 2011

movimento sem terra


Vinte e quatro anos se passaram desde que 80 representantes de organizações camponesas reunidos num galpão de uma igreja em Cascavél- PR fundaram um movimento nacional de luta pela terra: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Era o primeiro Encontro Nacional de camponeses que lutavam pela terra e viam a necessidade de articular e organizar em nível nacional os diversos processos de luta localizados. O encontro consolidava a experiência de diversos estados e serviu para orientar a linha ideológica e definir a concepção do Movimento como uma organização autônoma dos trabalhadores rurais.
O MST não só sobreviveu, como está crescendo a cada ano expandindo sua lutas e conquistas. Dando continuidade a um processo histórico de lutas populares e criando uma organização social sustentada na ligação direta com a realidade e norteada pela prática política dos seus princípios organizativos (como a direção coletiva, a disciplina, a vinculação com a base e o estudo).
Assim, durante sua trajetória, o Movimento que começou com uma luta dos trabalhadores rurais pela terra, percebeu que não basta democratizar a terra, é preciso resgatar a dignidade do camponês. Democratizar o capital, organizando as agroindústrias de forma cooperativada nas mãos dos agricultores. É preciso democratizar a educação como uma forma de levar a cidadania para a população do campo. Estas são as lutas e as conquistas do MST.
Existem mais de 500 associações de produção, comercialização e serviços; 49 Cooperativas de Produção Agropecuária (CPA), com 2299 famílias associadas; 32 Cooperativas de Prestação de Serviços com 11174 sócios diretos; duas Cooperativas Regionais de Comercialização e três Cooperativas de Crédito com 6521 associados.

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