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terça-feira, 31 de maio de 2011

o dia das mães

A independência e o valor do trabalho


Luciane Yuri Sato, 32 anos, coordenadora de serviços de tecnologia, e a mãe, Maria Junko Yasuoka Sato, 63, agente de viagens aposentada

"Sou casada, mas nunca dependi financeiramente de nenhum homem. Represento a primeira geração feminina da família a escolher o próprio marido – no Japão, o casamento arranjado é tradicional. Foi assim com minha avó e minha mãe, mas ela fugiu à regra das orientais submissas e me educou para a autonomia. Sexta filha entre dez irmãos, veio com todo o clã para o Brasil na época da guerra. As crianças maiores, como ela, pararam de estudar para plantar café. Quando deixou a roça, mamãe virou garçonete, manicure e cabeleireira até se casar com meu pai, também japonês. Nasci em 1977, dois anos depois de ela ter perdido o primeiro filho, em um hospital público de Diadema (SP). Em seguida, veio minha irmã. Minha mãe largou o trabalho para ser dona de casa, mas logo tornou-se agente de viagens. Fez questão de que eu estudasse muito e agradeço, pois fui uma das poucas alunas da escola que entraram direto na Universidade de São Paulo. Já durante o curso, tinha dois empregos. Estudar, trabalhar e confiar são as lições de minha mãe. Com ela, sempre há luz no fim do túnel. Hoje, aposentada, tem o próprio dinheiro, carro e pagou parte do novo apartamento onde mora com papai."

www.claudia.abril.com.br

Um comentário:

  1. A independência da mulher e a sua inserção no mercado de trabalho foi uma luta por direitos que não poder ser entendida por uma disputa entre homens veusus mulheres. Muito bacana a sua postagem.

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