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segunda-feira, 14 de março de 2011

Após 30 anos no poder, Mubarak renuncia


Inspirados pela revolta que derrubou o governo da Tunísia no início deste ano, milhares de egípcios compareceram a um grande protesto nas ruas do país no último dia 25 de janeiro. O movimento ganhou força com o apoio de ativistas islâmicos, e, desde então, todos os dias, mais e mais manifestações surgiram pelo país. Finalmente, depois de 18 dias de protestos, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, 82 anos, renunciou ao cargo no último dia 11 de fevereiro, após permanecer por quase 30 anos no poder. Os manifestantes comemoraram a vitória, reunidos na Praça Tahrir, que virou uma espécie de símbolo para as manifestações no Egito.
No Egito, os manifestantes acusam o regime de Mubarak de repressão, fraudes eleitorais, corrupção, responsabilidade pela pobreza e pelo desemprego no país, de mais de 80 milhões de habitantes.
A oposição no Egito é dividida em dois grandes grupos. O primeiro e mais organizado é a Irmandade Muçulmana, um partido islâmico fundado em 1929. O grupo foi posto na ilegalidade por Mubarak, sob pressão dos Estados Unidos, que temem a influência islâmica nos governos da região.
O outro grupo, formado pela classe média e setores pró-Ocidente, passou a ser liderado pelo Prêmio Nobel da Paz, Mohammed ElBaradei. O diplomata, ex-diretor da AIEA (agência nuclear da ONU), voltou ao país e está liderando o movimento de oposição.
É preciso lembrar que o Egito é considerado vital para a estabilidade no Oriente Médio e no norte da África e o mundo teme que a instabilidade no país comprometa a já inflamada região.
Além de ser o guardião do Canal de Suez, por onde passa boa parte do comércio internacional, o país, além da Jordânia, é o único a reconhecer o Estado de Israel.
O Egito é o quarto país que mais recebe recursos dos EUA – R$ 2,5 bilhões (US$ 1,5 bilhão) por ano. Mubarak tem sido um aliado histórico dos americanos, que temem que o fim do regime abra caminho para que a Irmandade Muçulmana assuma o poder.
Esse é também o principal temor de Israel, já que o grupo islâmico tem ligações com o Hamas palestino (grupo fundamentalista que controla a vizinha faixa de Gaza). O Ocidente também teme que a irmandade instaure um regime islâmico no país.
Em minha opinião a renúncia de Mubarak foi boa para os egípcios, pois ele já estava a quase 30 anos no poder, cometia abusos no governo e não comandava bem o país, sendo o principal responsável pela crise que ecoou no Egito.

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