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segunda-feira, 14 de março de 2011

A Mente Do Terrorista Suicida


A Mente do Terrorista Suicida

Nas últimas duas décadas, mentes sombrias têm se espalhado pelo mundo com uma missão consciente e bem definida: provocar profundo medo e ansiedade, dor, desespero e muitas mortes, incluindo as delas próprias, ao se explodirem juntamente com o alvo escolhido. Eles são os terroristas suicidas.

Esse tipo de terrorista provoca um dano físico devastador ao ser realizado em áreas públicas. Eles são motivados por razões políticas, religiosas ou éticas, e seu maior ideal é produzir um efeito psicológico negativo em uma população inteira, e não apenas nas vítimas de seus ataques. Quinze organizações terroristas diferentes em doze países têm abrigado táticas suicidas nos últimos 20 anos.

Como se faz a mente de um terrorista

Uma importante questão que se coloca é: como um ser humano pode desafiar um dos mais poderosos instintos, o de sobrevivência ou de autopreservação, em nome de crenças religiosas ou ideologias políticas?

Como a psicologia não foi capaz de encontrar evidências de que terroristas que executam atos suicidas violentos são insanos (na verdade a evidência é contrária), devemos assumir que o seu comportamento é o resultado de uma forte e efetiva doutrinação: ou o que poderíamos chamar de "produção sistemática da mente do terrorista" por um grupo político ou religioso, usando técnicas consagradas pelo tempo para recrutamento, persuasão, e conversão.

Pesquisas sobre aprendizagem social tem evidenciado o papel do chamado "condicionamento comportamental e cognitivo". Um especialista em terrorismo, Dr. Bernard Saper, em um artigo intitulado "On Learning Terrorism", argumenta que o compromisso pelo terrorismo é amplamente produzido, intensificado e sustentado nos recrutas através de sofisticadas técnicas de condicionamento. Ele descreve como essas técnicas são usadas para doutrinar e executar atos de violência e terror e como é montado um elaborado sistema de incentivos para financiar grupos guerrilheiros e movimentos revolucionários. Muitas vezes esta doutrinação se estende a parentes e amigos de terroristas."Eu estou muito feliz e orgulhoso do que meu filho fez e, francamente, estou com um pouco de inveja," disse Hassan Hotari 54, pai de um jovem que fez um ataque suicida em uma discoteca em Tel-Aviv. "Eu desejaria ter feito o bombardeio. Meu filho obedeceu aos desejos do Profeta. Ele se tornou um herói. Diga-me: o que mais um pai poderia querer ?".

De acordo com William Sargant, autor do notável livro "The Battle for the Mind" (A Batalha pela Mente), parece existir uma "fisiologia para a conversão e a lavagem cerebral " ou "controle do pensamento". Lavagem cerebral tornou-se um termo popular nos anos 50s, para descrever as técnicas usadas pelos soviéticos e comunistas chineses e coreanos para converter soldados americanos capturados ou opositores políticos para suas ideologia políticas.

A teoria de lavagem cerebral sustenta que a única forma de forçar uma mudança de atitudes em adultos é limpar as suas mente - apagando crenças existentes por meio de uma combinação de indução de estresse mental e tensão nervosa, receptividade à sugestão, e exaltação frenética da massas. Sargant argumenta que essas técnicas têm sido usadas através dos tempos por agentes bem diversos, tais como pastores religiosos e treinadores de futebol americano. Através da lavagem cerebral, novas idéias podem ser introduzidas e firmemente fixadas mesmo em mentes que não estejam dispostas a recebê-las de início. Não é coincidência que as religiões fundamentalistas de todos os tipos usem essas técnicas, oferecendo uma mistura de salvação, redenção, promessas de recompensa eterna no céu, sentimentos de culpa, timidez e inadequação.

Um testemunho impressionante dessa conversão é mostrada por Abd Samad Moussaoui, o irmão de um homem suspeito de planejar o seqüestro nos ataques terroristas de 11 de setembro. Em 4 de outubro de 2001 ele deu uma entrevista na CBS "Ele um dia amou a América, mas foi lavado cerebralmente, foi feita uma lavagem cerebral por um grupo radical islâmico.Ele gostava de calças jeans, basquetebol e do cantor Bruce Springsteen, mas passou a odiar os Estados Unidos após se juntar ao grupo” (1).

A tarefa de produzir a mente do terrorista é facilitada enormemente quando se inicia na infância. As crianças e jovens são condicionados a pensar somente como seus pais ou líderes, ou até mesmo a parar de pensar. A Dra. Fields acredita que o terrorista suicida atual tem uma noção de certo e errado baseada fundamentalmente na opinião pessoal dos líderes de suas comunidades. "Constata-se uma total limitação na capacidade que eles têm de pensar por si próprios".

Recentemente, o mundo assistiu espantado a pelotões armados e uniformizados de crianças de tenra idade, recrutadas por partidos radicais islâmicos, como o Hezbollah, marchando pelas ruas de Beirute e cantando a sua disposição de morrer por um líder ou por um Deus. O julgamento moral de crianças e adolescentes é ainda muito flexível e pouco formado, portanto é fácil convencê-los a fazer quase tudo, dado o controle que têm sobre eles. Deste modo, os métodos trabalhosos da lavagem cerebral de adultos nem são necessários com estas crianças. Sargant escreve eloqüentemente como serão essas crianças quando se tornarem adultas:

"[Elas] irão atuar com a firme convicção de que são inspiradas pelos mais altos e nobres motivos. Os mais gentis, generosos e humanos dos homens podem ser condicionados a cometer atos que parecem aterrorizantes, em retrospecto, a todos as pessoas que tenham sido condicionados de forma diferente. Muitas pessoas sensíveis se prendem a visões estranhas e cruéis porque elas foram implantadas em seus cérebros em uma idade precoce”.


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