REVOLUÇÃO DERRUBA MUBARAK
Êxtase. Após o anúncio, milhares, senão milhões, de pessoas explodiram em êxtase e alegria nas ruas do país. "O Egito está livre! O Egito está livre!", gritaram. No Twitter, o executivo do Google Wael Ghonim, que se tornou herói dos protestos após passar 12 dias presos, parabenizou o povo egípcio . "Bem-vindo de volta, Egito".
Em entrevista à CNN, Ghonim deu um recado vigoroso ao governo. "Estou orgulhoso de ser egípcio, do Egito e de seu povo. Parabéns a todos egípcios. A Hosni Mubarak, Omar Suleiman e todas pessoas que acreditam que estar no poder dá direito a oprimir o povo: No final das contas, nós temos escolha. Acabou para vocês", disse . "Somos mais fortes do que todos vocês. "
O ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohammed ElBaradei também comemorou. "Esse é o melhor dia da minha vida. O país está livre depois de décadas de repressão", disse.
Futuro. O Exército egípcio emitiu um comunicado dizendo que não vai abolir a autoridade civil e que apenas vai conduzir o país na transição rumo a um regime democrático. Em um tom pacificador, a instituição saudou Mubarak pelos serviços prestados ao país, os 'mártires' que morreram na revolução. "Sabemos que, para a população, não somos uma alternativa legítima", disse um porta-voz.
Um oficial militar egípcio de alta patente disse à CNN que o Exército discutia com a Suprema Corte a dissolução do gabinete de Mubarak e do Parlamento e a implementação do calendário eleitoral. Já segundo a Al-Arabya, o Conselho Militar vai administrar o país com o chefe da Suprema Corte Constitucional.
Golpe de misericórdia. Mubarak tentou ficar no poder o quanto pôde. Ontem, o ditador foi à TV para anunciar que seguiria no cargo até setembro, mas delegaria funções ao vice. O discurso enfureceu os manifestantes, que há 18 dias tomaram as ruas do país pedindo reformas. Nesta sexta, uma multidão protestou em Cairo, Alexandria, Suez e em outras cidades menores, como Damietta , Damnhur, Asuit, Sohag, Bani Swfi, Port Said e Mansoura.
No Cairo, as manifestações se concentraram na praça Tahrir e também em frente ao prédio da TV estatal e ao palácio presidencial. "Fora! Fora com Hosni Mubarak", gritava a multidão. O Exército protegia a sede do governo com quatro tanques e os manifestantes tentavam convencer os soldados a se unirem a eles.
"O que você está esperando. Sua lealdade pertence a Mubarak ou ao Egito?", disse um deles. No sermão na praça Tahrir, clérigos muçulmanos compararam a manifestação com a luta de Moisés contra o Faraó, no Egito antigo. "Que Deus expulse os opressores", disse um imã. Suas preces foram atendidas.
desculpa, esqueci de colocar a bibliografia...
ResponderExcluirhttp://www.estadao.com.br/noticias/internacional,revolucao-derruba-mubarak,678299,0.htm