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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Concentração de renda no Brasil

A orientação que a economia clássica nos dá é que medimos o crescimento econômico de um país por meio do crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB), todavia esse não é o único aspecto que demonstra crescimento, pois, este revela-se desigual em cada país.


Pesquisas realizadas demonstram que a alta concentração de renda é uma resposta ao crescimento econômico de qualquer país e de fato a concentração de renda está intimamente relacionada ao crescimento econômico. A questão política quase sempre influencia no crescimento econômico de um país, mas para podermos afirma isso seriam necessários estudos adicionais para verificar a eficiência e a eficácia das políticas de governo em reduzir a concentração e aumentar a renda.


Segundo Marinho e Soares a desigualdade na distribuição de renda é responsável pelo fato do crescimento econômico não ser eficiente na redução da pobreza, ou seja, o efeito do crescimento econômico sobre a redução da pobreza é menor no Brasil do que em outros países que alcançaram o mesmo nível de renda.


O crescimento é um dos fatores preponderantes para reduzir a pobreza e também na ajuda com melhores índices de IDH, entretanto, seu reflexo sobre a pobreza pode não ser o esperado. Vejamos o caso do milagre econômico ou milagre brasileiro. Logo após o ano de 1960 (governo de Kubitschek) o período foi de revolução econômica, isto é, em que o país obteve índices recordes de crescimento de seu Produto Interno Bruto, mas isso não surtiu efeito para diminuir sua desigualdade econômica.


A questão política já ajudou a manter a relação concentração de renda e poder nas mãos de poucos x crescimento econômico do país quando da época do golpe militar em 1964. Em contrapartida, por meio de políticas públicas bem adotadas de 1968 a 1973 o PIB brasileiro cresceu a uma taxa média acima de 10% ao ano, a inflação oscilou entre 15% e 20% ao ano e a construção civil cresceu, em média, 15% ao ano. Tanto é que foi nesse período que apresentou-se o grande arquiteto e executor das políticas econômicas no Brasil foi Antônio Delfim Netto, que chegou a ser chamado de "super-ministro" (Wikipédia, 2010).


Atualmente, para comprovar, historicamente, a taxa de crescimento médio do PIB do Brasil no período de 1991 e 2003, vimos que foi de apenas 1,98% ao ano, enquanto que outros países como a China foi de mais de 5 vezes esse valor (11,45%) no mesmo período.


O crescimento econômico pode ser acompanhado de alta concentração de renda e consequentemente aumento da desigualdade, como este mesmo crescimento também pode estar apoiado por políticas governamentais eficazes.


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