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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Visita de Obama ao Brasil

A visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil, que ocorreu entre os dias 19 e 21 de março, foi o assunto mais debatido nos principais noticiários. Os EUA estão perdendo participação relativa no mundo sobre o ponto de vista econômico e, consequentemente, político. Sua vinda à terra do samba e do futebol é um forte sinal de que os americanos estão interessados em estreitar suas relações, especialmente as comerciais, conosco.

“Dos Brics [Brasil, Rússia, Índia e China], nações que terão grande importância econômica mundial em um futuro próximo, o nosso país é o mais estável, com situação institucional mais sólida e que vem demonstrando evolução na economia, política e indicadores sociais”, afirma o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite.

A notória aproximação entre Brasil e China tem deixado os americanos com a pulga atrás da orelha, mas o país não mede esforços para evitar perder este importante mercado em ascensão. “Os chineses estão agindo de forma agressiva com acordos comerciais no mundo, principalmente em nosso País. Os americanos perceberam que precisam reagir nesse aspecto”, completa Alcides.

Entretanto, em discursos e reuniões que participou, Obama ouviu, tanto da presidente Dilma Rousseff quanto de empresários de diferentes setores, a insatisfação tupiniquim em relação às barreiras comerciais a produtos brasileiros, como etanol, suco de laranja e carne. “À medida que abrimos nosso mercado, podemos exigir o mesmo lá. Como disse o próprio presidente norte-americano, passamos a ter uma relação de igual para igual, assim ganhamos poder de negociação. A diminuição dessas barreiras seria positiva, principalmente para as empresas ligadas às commodities, que teriam mais facilidade de entrar nesse grande mercado consumidor”, afirma o economista e analista de mercado da WinTrade, José Góes.

Um dos principais motivos para a vinda do presidente americano ao Brasil foi para assinar um acordo que visa facilitar as relações econômicas e comerciais, cujo objetivo é remover entraves burocráticos entre as duas nações. O Teca (Acordo de Cooperação Econômica e Comercial, na silga em inglês) cria um mecanismo permanente de diálogo para resolução de diversos assuntos, como barreiras a investimentos, ao comércio e cooperações em diversas áreas, como energética, de infraestrutura, diplomática e acadêmica, por exemplo.

De olho na Copa do Mundo e nas Olimpíadas

Em seus discursos, Obama fez questão de enfatizar o papel da relação com os brasileiros na geração de empregos, tanto aqui como no mercado americano. Os setores ligados à infraestrutura devem ter uma grande participação nessa questão, principalmente com os grandes eventos que serão sediados no Brasil, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

“Em relação aos setores ligados à infraestrutura, é um pouco mais complexo. Acredito que a presença das empresas americanas aqui seja mais no sentido na formação de consórcios com as companhias brasileiras, até pelo grande crescimento na demanda. O aumento na concorrência é sempre bom para o preço final, e as empresas buscam maior produtividade. O primeiro impacto não seria bom para as empresas nacionais, mas a tendência é que, de médio a longo prazo, a situação fiqu
e cômoda para o setor”, constatou José Góes.

O Eximbank, banco americano de fomento a importações e exportações, que já havia aprovado uma linha de US$ 2 bilhões para a Petrobras com o objetivo de comprar equipamentos dos EUA, anunciou durante a visita da comitiva norte-americana ao Brasil a criação de outra linha, de US$ 1 bilhão para obras de infraestrutura e investimentos para esses dois grandes eventos.

Além do setor de infraestrutura, o acordo para a Copa e os Jogos Olímpicos prevê planejamento e desenvolvimento estratégico em outras áreas como segurança, comércio e turismo. Vale acompanhar as ações desses setores!




2 comentários:

  1. Eu acho muito bom o Brasil receber ajuda de Barack obama pois os EUA sao uma grande potencia. É importante para o Brasil receber o apoio do líder mundial.

    POR CAMILA NATANI

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